24 de novembro de 2012

A PMRN X INTENTONA COMUNISTA

Imagem da Edição Nº: 3524 - Jornal De Fato - Mossoró
O Jornal De Fato, na sua edição de hoje, 24 de novembro de 2012, trouxe uma nota sobre a ação do movimento em prol da derrubada do Governo Getúlio Vargas do poder, denominada Intentona Comunista, ocorrido a exatos 77 anos e que em Natal acabou em um violento confronto entre as forças de segurança e os revoltosos.  
 Quartel da Salgadeira antes do ataque dos revoltosos na intentona comunista


A ação foi tão violenta que a fachada do prédio do Quartel da PM ou Quartel da Salgadeira como é mais conhecido, ficou praticamente destruída.  Os historiadores relatam que o combate durou até as 14 horas do dia seguinte.  Remodelado, atualmente o prédio Quartel da Salgadeira funciona como a Casa dos Estudantes da Capital Potiguar.

Quartel da Salgadeira, após o ataque (clique para ampliar)

Com a fuga ou rendição da maioria dos resistentes, a ação produziu o principal herói do movimento no Rio Grande do Norte, o Soldado Luiz Gonzada que resistiu bravamente até a morte à investida dos revoltosos.

Para conhecer mais sobre esse movimento, clique aqui e aqui


30 de agosto de 2011

CURIOSIDADE: 30 DE AGOSTO DE 1876: O DIA EM QUE O CANGACEIRO JESUINO BRILHANTE LUTOU CONTRA A PMRN

Imagem retirada da internet. Autor desconhecido

Jesuíno Brilhante, nasceu no ano de 1844, no Sítio Tiuiuú, na cidade de Patu-RN.  De acordo com o historiador Raimundo Nonato ele se comportava de uma forma bem diferente dos outros cangaceiros que rondavam pelo Nordeste brasileiro.  Homem gentil e romântico, era idolatrado pela população pobre e injustiçada, tornando-se o maior ícone do cangaço Potiguar.

Em 1871, envolvido em conflito familiar, entrou para o cangaço após matar Honorato Limão, tornando-se um defensor da honra.
  
Jesuíno era admirado e temido por suas habilidades com armas de fogo. Possuía uma pontaria imbatível, além de ser temido na luta homem a homem, bem como, dominava com maestria suas facas. 
.
No dia 30 de agosto de 1876 foi registrada uma de suas ações mais ousadas, quando Jesuíno Brilhante resistiu ao avanço dos policiais do Destacamento de Imperatriz (hoje Martins-RN).  Após um embate com a polícia local, onde ocorreu uma intensa troca de tiros, Jesuíno, rompeu o cerco policial e conseguiu fugir.

Do combate entre polícia e cangaceiros (dez no total), restaram vários policiais feridos, como os soldados Manuel João de Oliveira, Joaquim Félix da Silva e José Nicácio da Silva. Também saíram feridos o 1º Suplente do Juiz Municipal, o Sr. Cosme Justiniano de Souza Lemos e ainda o Alferes Honorário do Exército, João Ferreira da Silva, que atuava na cidade como comandante e delegado de polícia. 

Com informações dos livros: Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, do Coronel PMRN Angelo Mário de Azevedo Dantas e  Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico, de Raimundo Nonato

21 de agosto de 2011

CURIOSIDADE - O SÍMBOLO DA POLÍCIA MILITAR: AS PISTOLAS CRUZADAS

Hoje em dia, quem vê a imagem de duas pistolas cruzadas nas golas dos Policiais Militares Brasileiros não faz idéia de sua origem.

Elas não foram símbolos criados aleatóriamente. Elas têm nome e sobrenome: São as pistolas Harpers Ferry Modelo 1806, calibre .54, de pederneira,  fabricadas no Arsenal do Exército dos EUA:
  
A primeira vez que esse símbolo apareceu no Brasil foi aqui:
Veja que as pistolas não são garruchas quaisquer e seu cruzamento é da esquerda com heráldica na frente da direita e nunca o contrário, como mostra a figura. 
Esse símbolo veio para o Brasil de volta com a FEB que acabou por adotá-lo a todas as polícias militares.

4 de julho de 2011

CURIOSIDADE - AS VÁRIAS CORES E UNIFORMES DA PMRN

 Modelo de Uniforme utilizado pela PM na década de 70 - Foto: autor desconhecido
 Uniforme utilizado pela PM na década de 70 - Foto: Arquivo TOXINA
Uniforme azul petróleo, utilizado até meados de 1995, quando deu lugar ao atual
Cinza Bandeirante. Foto: Arquivo TOXINA.
Uniforme Cinza Bandeirante, atualmente utilizado pela PMRN - FOTO: Arquivo TOXINA

Todas as Polícias Militares dos Estados brasileiros já passaram por algum processo de modificação nos seus uniformes, algumas com mudanças tão significativas que pareceram perder a identidade padrão de uniforme militar, como é o caso do fardamento utilizado atualmente pelos policiais do Ronda do Quarteirão da Polícia Militar do Estado do Ceará, cujo uniforme foge do padrão militar para dar lugar a um modelo mais "social", justamente como forma de reforçar à proposta do policiamento comunitário.

A polícia militar do RN não fica de fora desse processo de mudanças de uniforme. Mas as mudanças mais marcantes nos uniformes da PMRN ficam mesmo no campo das cores. Do pano chumbado ao caqui, do azul petróleo ao atual cinza.

Há exatos 100 anos, ou seja, em 4 de julho de 1911, o Decreto nº 251, era publicado extinguindo o uso do uniforme de pano chumbado, utilizado até então pela PM, dando lugar ao uniforme cáqui, que passou a ser utilizado até meados de 1976, sendo substituído pelo uniforme azul petróleo. Esse processo de substituição se deu de forma lenta, sendo primeiro implantado na capital do Estado, para só em seguida ser a vez dos policiais interioranos.

Por TOXINA, com informações cronológicas do livro Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, de Angelo Mário de Azevedo Dantas, Cel PMRN.

1 de julho de 2011

CURIOSIDADE - 31 ANOS DE ATIVIDADES DA PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA MÁRIO NEGÓCIO EM MOSSORÓ

 Acesso ao Complexo Penitenciário Mário Negócio - Foto: Autor desconhecido
 Fachada do pavilhão do regime fechado no interior da PAMN - Foto: TOXINA
Placa de inauguração do prédio principal da PAMN

Uma característica particular e uníssona entre os estudiosos da segurança pública e a sociedade como um todo é a afirmativa de que o sistema penitenciário brasileiro é um dos maiores problemas para a segurança pública nacional. Ao invés de reeducar os criminosos e encaminhá-los para um harmonioso convívio com a sociedade, vem ocorrendo justamente o contrário, revelando-se uma anomia social, onde a instituição penal se transforma na “escola do crime”, motivada principalmente pelas superlotações e o inevitável convívio de presos comuns com os perigosos.

Apesar desses problemas, que devem ser encarados e enfrentados com seriedade pelos atuais e futuros governantes, não podemos omitir a importância do sistema penitenciário como mecanismo garantidor do convívio pacífico e social entre os cidadãos não criminosos, a partir do momento em que serve de “redoma” para segurar os que optaram pela vida de crimes.

Em Mossoró, uma dessas instituições é a Penitenciária Agrícola Mário Negócio, que hoje completa 31 anos de atividade. Inaugurada em 10 de março de 1979, quando respectivamente governavam o Brasil e o Rio Grande do Norte, o Presidente Ernesto Geisel e o Governador Tarcísio Maia, a Penitenciária Agrícola Mário Negócio entrou oficialmente em funcionamento no dia 1 de julho de 1980, comportando alguns presos e uma guarda externa formada por policiais militares que se revezavam 24 horas por dia, nas suas quatro guaritas, hoje desativadas.

Novas guaritas foram construídas para dar suporte às novas instalações e ampliações que foram sendo feitas a partir de então, inclusive com a construção de um pavilhão para presos condenados em Regime Fechado.

Por TOXINA, com informações cronológicas do livro Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, de Angelo Mário de Azevedo Dantas, Coronel da PMRN.

16 de junho de 2011

BANDA DE MÚSICA DA PMRN - 125 ANOS DE GLÓRIA

 
Banda de Música no Teatro Carlos Gomes, atual Alberto Maranhão, no dia 7 de setembro de 1922 - centenário da independencia do Brasil, em Natal. No centro e sentado o maestro Luigi Maria Smido, que foi regente da banda no início do Século XX.
Banda de Música do 2º BPM, em 2004 - Nesta solenidade a Banda foi regida pelo 1º Tenente Djair,   atual Comandante da Banda de Música da PMRN em Natal.    Foto: TOXINA.

Em 16 de junho de 1886 foi sancionada a Lei nº 983, que criava a Banda de Música da corporação, com previsão de formação para um mestre de música, com graduação de 1º Sargento, um contramestre, com a graduação de 2º Sargento e dez músicos.

Hoje, a Banda de Música da Polícia Militar está completando 125 anos, formada atualmente exclusivamente por policiais militares. A banda de música da PMRN já possuiu entre seus quadros, músicos não militares, como foi o caso do Maestro Luigi Maria Smido, que foi regente da referida banda no inicio do século XX.

Com uma infiniade de grandes apresentações por todo estado, além de outros estados do País a Banda de Música da PMRN é reconhecida como uma das melhores do Estado. Seu repertório é composto dos mais variados ritmos musicais. Desde os dobrados militares, valsas, boleros e MPB, até as versões instrumentais das músicas pops mais tocadas no Brasil e no mundo.

Por TOXINA, com informações do Livro Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, de Angelo Mário de Azevedo Dantas, cel. PMRN e do Site institucional da PMRN.

14 de junho de 2011

CHUVA DE BALA NO PAÍS DE MOSSORÓ - A RESISTÊNCIA AOS CANGACEIROS DE LAMPIÃO

Espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró
Imagem retirada da internet. Autor desconhecido

Todo ano Mossoró recebe milhares de turista oriundos de todos os estado brasileiros e que vêm à cidade participar de um dos maiores eventos juninos do País, que tem como diferencial, a gratuidade de todos os seus shows.

Anexo ao evento principal chamado de Mossoró Cidade Junina, todo ano é exibido ao público o espetáculo teatral ao ar livre que ficou conhecido como "Chuva de Bala no País de Mossoró" e que relembra a trajetória do ataque do bando de Lampião a Mossoró, ocorrida em 13 de junho de 1927, e que veio a resultar na expulsão do bando da cidade, inclusive, tendo o movimento de resistência, sido reconhecido por Lampião como sua única derrota em vida.

Após a heróica resistência armada do povo mossoroense, no dia 13 de junho de 1927, os cangaceiros de Lampião fogem da cidade, restando morto o cangaceiro Colchete e preso o cangaceiro José Leite de Santana, vulgo "Jararaca", capturado após ser gravemente ferido.

Já no dia 14 de junho de 1927 (exatos 84 anos completos hoje), um dia após a derrota dos cangaceiros para a "resistência", Jararaca foi interrogado pelo Tenente Laurentino Ferreira de Morais, na delegacia de polícia de Mossoró. A presença do cangaceiro na cidade ainda gerava preocupação ao povo local, que temiam a possibilidade de uma tentativa de resgate por parte dos cangaceiros de Lampião. Quatro dias após ser interrogado, Jararaca foi assassinado no cemitério da cidade, por um grupo de policiais. (leia sobre esse fato, clicando aqui e aqui).

Essa narrativa demonstra que é que o espírito lutador do povo mossoroense continua sendo lembrado com orgulho pela sociedade local e contada com vigor pelas centenas de historiadores, culminando com a apresentação de um dos maiores espetáculos ao ar livre, já apresentados no Brasil.

Por TOXINA, com informações do Livro Cronologia da Policia Militar do Rio Grande do Norte, do Cel. Angêlo Mário de Azevedo Dantas e do Site da Prefeitura de Mossoró.

8 de junho de 2011

PROFESSOR DA UFRN CRITICA FORMAÇÃO POLICIAL

Matéria públicada originalmente no Jornal Tribuna do Norte e copiada do Blog:  http://2cpm6bpm.blogspot.com/
.
O professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Alípio Souza Filho, critica a forma de preparação das polícias do Brasil, pautada em concepções de autoritarismo e agressão.

"Essa não é uma questão individual, mas social. Uma polícia que usa a extorsão, pratica a tortura como técnica de investigação e oprime a população é uma polícia mal formada por inteiro. Por isso o mau policial é um mito", disse o professor da UFRN. Para Alípio, as polícias brasileiras, principalmente a Militar, não têm atuado como organismos do Estado moderno.

O sociólogo explica que o modelo baseado no abuso de autoridade e agressões são fruto de nossa herança escravocrata, que faz com que pessoas da base da pirâmide social continuem sendo oprimidas, tratadas como cidadãos inferiores, como os escravos do século 19. A herança explica também a naturalização da violência policial pela sociedade, que chega por vezes a incentivá-la.

O professor acredita que as práticas violentas são transmitidas formalmente nas academias, que raramente utilizam de concepções baseadas na civilidade e nos direitos humanos. O que se alia a falta de celeridade e resultado final nas apurações chegadas às corregedorias do país.

Para ele, a solução do problema só será alcançada se for esquecida a idéia de etapas, e se as ações sejam tomadas concomitantemente. O poder público deve mudar a forma de preparar os policiais!

Fonte: Tribuna do Norte Via Blog da 2ª Cia do 6º BPM