4 de outubro de 2010

CURIOSIDADE - POR QUE OS POLICIAIS COSTUMAM CHAMAR O QCG DE PONTO ZERO?

QCG ou Ponto Zero - Pelos detalhes da imagem, elas provavelmente datam da década de 70, a julgar pelo detalhes das viaturas e o fardamento do efetivo. Na época da criação do Ponto Zero, os veículos utilizados no rádio patrulhamento eram os tradicionais fusquinhas e as possantes veraneios. Outro detalhe que sinalizam o idade das imagens está nas janelas do prédio do QCG, ainda em madeira.
Imagens cedidas pelo Coronel Ângelo, o qual as recebeu do acervo pessoal do Major Mendonça.

Parece uma questão simples, mas na verdade, o fato do QCG ou Quartel do Comando Geral, ser chamado de “zero” ou “ponto zero”, não surgiu por um acaso e tem toda uma origem baseada em fatos cotidianos da vida na caserna.

Costumeiramente ouvimos policiais repetirem frases do tipo “hoje tem formatura geral no ponto zero”; “vou deixar minha viatura no zero”, e essa mania de se referir ao Quartel do Comando Geral com essas denominações, tem origem nos primeiros anos da década de 80, quando em Natal só existia o CPC e o 1º BPM.

Naquela época, o então Capitão Josemar Dantas, ex-subcomandante da PMRN e atualmente na reserva remunerada, tinha acabado de concluir o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais fora do Estado, motivo pelo qual trouxe vários conhecimentos e conceitos inéditos. A partir daí, novas sistemáticas foram implantadas em Natal, principalmente no patrulhamento rádio-motorizado, justamente pelo fato do Capitão Josemar comandar a Companhia de Rádio Patrulha – CRP. A principal mudança adotada foi na dinâmica do emprego das viaturas durante o serviço diário, onde cada viatura passou a ter um ponto base fixo (PB) e diversos pontos bases provisórios (PBP), todos identificados através de números.

Como na época a Companhia de Rádio Patrulha tinha como sede o próprio QCG, e funcionava onde recentemente esteve alojada a banda de música, este ficou estabelecido como Ponto 0. A passagem de serviço e a entrega dos registros de ocorrência eram realizadas na sede, popularizando dessa forma a expressão “Ponto Zero” ou simplesmente “Zero”.

Aquela sistemática do serviço acabou e de lá pra cá várias mudanças ocorreram. Algumas unidades operacionais ganharam novas sedes fora do QCG, mas o costume de chamar o QCG de “zero” permanece até os dias atuais, sendo utilizada até mesmo pelos policiais mais recrutas que sequer imaginam o real motivo da popularização dessa expressão.

FONTE: As informações para a confecção desse texto me foram repassadas pelo Coronel Ângelo Mário de Azevedo Dantas, historiador da PMRN.

3 comentários:

  1. Olá bom dia! gostaria de saber se vc vai postar algo sobre a movimentação FICA CORONEL ARAUJO que estão comentando em varios BLOG´S? gostaria de saber sua opinião postada nesse espaço, já que se tratando em segurança a sua pessoa já fala por si nesse assunto, esperamos o seu comentário, um abraço e parabéns pelo BLOG TOXINA!

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  2. Parabens ao sargento Gama pela excelente postagem a respeito do "Ponto "Zero". Texto bem elaborado, explicativo e convincente. Vamos aguardar que vem mais fato histórico por aí...

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  3. Eu que agradeço a oportunidade que o senhor vem dando de conhecer mais sobre a história dessa instituição que tanto admiro. Meu sonho é que um dia toda sociedade reconheça plenamente o valor da nossa PMRN. Um passo foi dado, que é o resgate histórico de nossas conquistas, e esse passo eu só estou dando pq o senhor me ajudou com as preciosas informações. Infelizmente, alguns preferente guardar para si o saber, o conhecimento, do que dividir com o outro, contudo, ainda encontramos muitas pessoas dispostas a perder um pouco do tempo precioso q tem para divulgar sabedoria, e nesse rol esta sua pessoa. Um abraço.

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