Imagens retiradas da internet e editadas por TOXINAPor TOXINA - Mesmo depois de 13 anos de sua morte, Frei Damião ainda é um dos religiosos mais conhecidos pelo povo Nordestino. O frade Capuchinho vivia pregando pelas cidades do Nordeste e entre essas cidades, visitou Mossoró algumas vezes.
Em uma de suas últimas visitas, não me recordo com precisão a data, mas acho que foi no ano de 1993, uma equipe de policiais do PelChoque foi escalada para dar proteção ao frei e fazer o isolamento do palco.
A missa acontecia em frente a Igreja São João Batista. Uma multidão, atenta as suas pregações, se espremia cada vez mais próxima ao palco. Me postei em frente ao frei, ficando a uma distância de 1 metro. Todo cuidado era pouco para evitar um tumulto.
Com a voz rouca, algumas palavras já não eram entendíveis, talvez por esse motivo, fiquei surpreso pelo silêncio no local, apesar da multidão presente.
Em determinado momento da missa, durante um dos seus sermões, o frei levanta as mãos trêmulas. Ele segurava um crucifixo, feito em madeira e metal, e se reportava aos fiéis. De repente, deixou o crucifixo cair no chão. Vi algumas pessoas correndo, gritando “...é meu, é meu”. Vi também a preocupação do outro frei que sempre o acompanhava, (não me recordo o nome), com a provável possibilidade de perder o objeto religioso. O crucifixo deveria ter uma simbologia muito forte para eles, pois isso estava estampado em seus olhos assustados. Apesar da boa iluminação no palco, o chão estava muito escuro. Abaixei e comecei a tatear. Ainda ouvi um colega meu perguntar o que tinha acontecido. A cena foi tão rápida que meus colegas do PelChoque não tinham percebido o que se passou.
Alguns segundos depois consegui encontrar o crucifixo. Frei Damião tinha interrompido seus sermões, talvez no afã de recuperar o objeto. Quando levantei, entreguei o crucifixo em suas mãos. O outro frei que estava ao seu lado, fez cara de alívio, olhou para mim e juntamente com Frei Damião, colocaram as mãos sobre minha cabeça e fizeram uma rápida benção, lembro bem de uma frase que eles disseram. ...Pelo seu gesto, que Deus o abençoe sempre.
Pela rapidez como tudo ocorreu, acredito que as pessoas que estavam mais distantes não deram conta do acontecido e a missa transcorreu sem mais problemas até o final.
Em uma de suas últimas visitas, não me recordo com precisão a data, mas acho que foi no ano de 1993, uma equipe de policiais do PelChoque foi escalada para dar proteção ao frei e fazer o isolamento do palco.
A missa acontecia em frente a Igreja São João Batista. Uma multidão, atenta as suas pregações, se espremia cada vez mais próxima ao palco. Me postei em frente ao frei, ficando a uma distância de 1 metro. Todo cuidado era pouco para evitar um tumulto.
Com a voz rouca, algumas palavras já não eram entendíveis, talvez por esse motivo, fiquei surpreso pelo silêncio no local, apesar da multidão presente.
Em determinado momento da missa, durante um dos seus sermões, o frei levanta as mãos trêmulas. Ele segurava um crucifixo, feito em madeira e metal, e se reportava aos fiéis. De repente, deixou o crucifixo cair no chão. Vi algumas pessoas correndo, gritando “...é meu, é meu”. Vi também a preocupação do outro frei que sempre o acompanhava, (não me recordo o nome), com a provável possibilidade de perder o objeto religioso. O crucifixo deveria ter uma simbologia muito forte para eles, pois isso estava estampado em seus olhos assustados. Apesar da boa iluminação no palco, o chão estava muito escuro. Abaixei e comecei a tatear. Ainda ouvi um colega meu perguntar o que tinha acontecido. A cena foi tão rápida que meus colegas do PelChoque não tinham percebido o que se passou.
Alguns segundos depois consegui encontrar o crucifixo. Frei Damião tinha interrompido seus sermões, talvez no afã de recuperar o objeto. Quando levantei, entreguei o crucifixo em suas mãos. O outro frei que estava ao seu lado, fez cara de alívio, olhou para mim e juntamente com Frei Damião, colocaram as mãos sobre minha cabeça e fizeram uma rápida benção, lembro bem de uma frase que eles disseram. ...Pelo seu gesto, que Deus o abençoe sempre.
Pela rapidez como tudo ocorreu, acredito que as pessoas que estavam mais distantes não deram conta do acontecido e a missa transcorreu sem mais problemas até o final.
Ótima estória, caro! Sou um admirador do Frei Damião, apesar de não ser católico, e, inclusive, não esperava achar um relato de sua passagem por Mossoró nesse espaço (pela temática). Que bom que não levaram o crucifixo do frei, pois ficaríamos estigmatizados.
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Obrigado. Isso aconteceu comigo. Pena não me recordar com exatidão da data do fato. Apenas alguns colegas presenciaram o ocorrido, além de muitos fieis que estavam ao meu lado. Inclusive alguns me perguntaram o por quê de não ter ficado com ele pra mim, já que tinha um valor histórico muito grnade. Eu simplesmente disse, minha ética é maior do que isso, e esse crucifixo ficará muito bem nas mãos de seu verdadeiro dono.
ResponderExcluirfoi no dia 24 de junho, dia da procissão de São João Batista. eu era da comissão organizadora da festa e me lembro bem daquele dia, havia passado a noite anterior na igreja até à meia-noite e meia acompanhando-o nas confissões, mesmo já com a saúde debilitada. Exemplo de homem de Deus. Me lembro também que o carro que levava o frei na procissão (uma pampa vermelha) ficou toda amassada por conta do povo querer chegar próximo ao Frei e a polícia apoiar os pés na lateral do carro para afastar a multidão. Parabéns pelo blog!
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